Celtics 99 x 81 Kings

Quem viu, viu, quem não viu, pode ser que não veja mais.

O Celtics recebeu nesta quarta feira a equipe do Sacramento Kings, no que pode ser o ultimo confronto da história das franquias, já que a franquia de Sacramento está de mudança para Seatle onde pode acabar assumindo a identidade do falecido “Super Sonics”.

Se isso vier a se confirmar, o Celtics carimbou o adeus ao seu adversário com sua vitória de número 176 na história, contra 113 do adversário.

Mas deixando todo esse fato histórico de lado, vamos falar do jogo, que também causava grande expectativa afinal, não era o primeiro jogo sem Rondo na temporada, mas era o primeiro jogo com a certeza de que ele não vai voltar.

Não sabemos se o Celtics vai jogar assim em todas as partidas, mas essa inicial, foi promissora e apresentou todas aquelas mudanças positivas que vínhamos citando nos últimos dias.

Com a ausência de Rondo e de um armador de ofício, o Celtics se tornou uma equipe muito mais rápida, com a bola rodando muito mais e envolvendo mais jogadores em quadra.

Um grande exemplo da diferença entre os dois sistemas acontecia na sequencia de cada rebote defensivo.

Com Rondo em quadra, qualquer atleta que conseguisse o rebote, parava, protegia a bola, olhava ao redor para encontrar Rondo, tocava para o armador e só aí a jogada tinha sequencia, com uma boa dose de cautela.

Sem Rondo era nítido que cada jogador que conquistava um rebote já olhava para a ofensa em busca dos rápidos alas armadores celtas que saiam em disparada pelas duas laterais da quadra.

O aumento no número de fast-breaks com isso foi algo absurdo, que infelizmente não tenho os números exatos, mas quem viu a partida sabe do que estou falando.

A defesa como esperado também teve melhoras com a infernal dupla Bradley + Lee, mas poderia ser ainda melhor se aos 4 minutos de partida, Jared Sullinger não tivesse deixado a quadra com espasmos nas costas.

No lado ofensivo, o “basquete fácil” com a bola passando de mão em mão foi eficaz em achar jogadores livre de marcação, o que fez com que jogadores que estavam com histórico recente de dificuldade na pontuação, tivessem uma boa noite, como foram os casos de Jason Terry e Brandon Bass.

Como resultado dessa coletividade, o Celtics não teve nenhum jogador marcando mais de 20 pontos na partida, mas teve 10 jogadores pontuando, sendo 6 deles com duplos dígitos e 7 com aproveitamento igual ou maior que 50% nos arremessos.

Aí alguns podem dizer:
“- Mas esse time do kings é fraco, não serve de referência”

Não vou discutir que esse Kings é fraco (Embora tenha MUITO talento individual no elenco), mas vale lembrar que este mesmo Kings a algumas semanas atrás nos venceu de forma humilhante, com quase 20 pontos de vantagem, com 57 pontos convertidos no garrafão.

Aliás, o Kings é a segunda equipe que mais faz pontos no garrafão, com uma média de 44 pontos por partida.

Mas ontem com a defesa celta bem postada e a dificuldade em fazer a bola entrar no garrafão, o Kings foi limitado a apenas 16 pontos neste setor, quase um terço do que costuma fazer.

Então sim amigos, como já dito aqui, temos um campeonato pela frente e ver esse “novo Celtics” jogar, pode ser algo bem interessante.

 

Destaques do Celtics:

Kevin Garnett: 13 Pts, 9 Reb, 5 Ast
Paul Pierce: 16 Pts, 10 Reb, 4 Ast

Destaques do Kinges:

Tyreke Evans: 19 Pts, 11 Reb, 2 Ast
DeMarcus Cousins: 13 Pts, 6 Reb, 4 Ast

 

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