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‘Guru das análises’, de 23 anos, reforça comissão técnica do Celtics

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Dando continuidade ao processo de renovação iniciado com as saídas de Paul Pierce, Kevin Garnett e do treinador Doc Rivers, o Boston Celtics anunciou, na última segunda-feira (8), a chegada de um auxiliar para a comissão técnica do recém-contratado Brad Stevens, que comandará a equipe na próxima temporada. Trata-se de Drew Cannon, que trabalhou com o novo comandante celta em Butler e possui apenas 23 anos de idade (na foto, Drew está sentado, ao centro, enquanto Stevens está em pé).

Cannon, cuja especialidade é a análise, medição, pesquisa e aplicação de estatísticas, é tido como uma revelação na área, a exemplo de Stevens, de quem foi auxiliar nos Bulldogs, onde se destacava com relatórios em que perdia até 12 horas na preparação. O objetivo destas pesquisas era sempre o de tentar neutralizar ao máximo os adversários e encontrar soluções para o próprio time. Impressionando com tanta dedicação e talento de Drew, conhecido como a ‘arma secreta’ por alguns repórteres americanos, Stevens não hesitou em levá-lo para o Celtics.

O novo comandante celta, inclusive, não economizou das palavras ao falar do jovem, formado em Duke. “Ele é muito talentoso e também muito ambicioso, está sempre tentando descobrir onde as coisas se encaixam. Ele tem uma capacidade não só de analisar, mas de informar, podendo quebrar as coisas em termos mais simples”, afirmou. Danny Ainge, responsável pela ida da dupla a Boston, também comentou a contratação de Cannon. “Estou ansioso para adicioná-lo à nossa equipe para ver se ele é mesmo isso tudo”, disse.

12 comentários

  • Daniel,o que acha da dupla dinâmica que agora se forma novamente, e o quanto o auxiliar vai nos ajudar ?

    1. concordo so espero que alguns torcedores tenham paciencia, mas ta prometendo bons frutos

  • Agora é ter paciência e esperar o time engrenar pelo menos taticamente, mesmo que demore para engrenar nas vitórias ou naquele basquete vitorioso e, no mínimo, raçudo que estamos acostumados a ver no Celtics.

    Eu sempre achei que todos os times tinha esse “cara das estatísticas e estudos”, não? É tão óbvio que precisam disso. Um especialista, que gasta 12h analisando e não um “auxiliar técnico” que normalmente quer a vaga de treinador.

    Agora me animei de vez com essa comissão.

  • isso me lembra o homem que mudou o jogo… Billy Beane… se eu não me engano o red sox fez algo semelhante e em pouco tempo foi campeão

      1. Ao final, o filme salienta que Beane recusou a oportunidade de se tornar o gerente geral do Boston Red Sox, apesar de uma oferta de US$ 12,5 milhões, que o teria feito o mais bem pago gerente geral da história do basebol, e que o Boston foi campeão em 2004 usando as teorias pionerizadas por Beane e Brand

  • Celtics pensando no futuro em todos os sentidos, não apenas em termos de jogadores, mas tambem de comissão técnica!
    Mas os riscos pela ousadia são os mesmos que já observamos entre atletas de várias modalidades, não só de basquete: a queimação!

    Lançar jovens talentosos sempre nos dá esperanças. Até pq se os jovens chamam a atenção dos profissionais, algo de especial eles fizeram por merecê-la e devemos lhes abrir portas. Porém, em caso de demoras de resultados, eles podem vir a perder a autoconfiança e a fé. Um dos motivos que me faz pensar que todas as renovações deveriam ser moderadas e mescladas, com jovens e experientes ainda presentes.

    Só o tempo nos dirá quais frutos esses rapazes darão pra Boston. Lembrando ainda que, no mundo dos negocios, há até chances de várias dessas apostas virem a dar frutos em outros times, seduzidos por propostas mais tentadoras…

    Foco, Força e Fé, MUITA fé!

  • Fábio Balassiano

    Há cerca de um ano, Brad Stevens, então técnico da Universidade de Butler, ligou para Dave Telep, editor de Recrutamento do site da ESPN para jovens que saem do colégio rumo a Universidade. O recado de Brad era bem claro: “Dave, eu quero muito conversar com o jovem que faz essas suas estatísticas malucas. Posso?”.

    Com a validação de Telep, Stevens viajou para Chicago com uma missão – contratar um novo estatístico para seu time. Stevens estava fissurado no menino de 22 anos, um nerd com espinha no rosto e olheiras de internet que se formara no ramo (Estatística) na Universidade de Duke havia poucos meses e que o impressionava com suas análises de jogadores de segundo grau nos Estados Unidos para o site da ESPN. Cannon criou, no site, uma relação entre índices técnicos, táticos, geográficos, altura, força física e recentes resultados para mensurar como uma escolha poderia ser realmente eficiente para as Universidades usando coeficientes dificílimos de serem desvendados por serem normais.

    O papo com Drew Cannon (foto) nem demorou muito. Brad disse exatamente o que precisava, e Cannon ficou calado por cinco minutos. Desenhou algumas coisas no guardanapo, disse como poderia ajudá-lo e que não seria muito difícil a missão. Contratado de cara por um nerd de terno e gravata que sabia dar treino como poucos, o jovem formado em Duke de cara criou sistemas de análises dos treinos que impressionavam a Stevens, que saía das práticas com seus jogadores e já recebia relatórios detalhados com o desempenho de cada atleta. Depois vieram o dos jogos do time e em seguida dos adversários de Butler. Mesmo com um time abaixo do que a crítica especializada esperava, Butler cresceu a tal ponto que chamou a atenção de todos. Quando foram ver os motivos do sucesso, Cannon ganhou uma reportagem imensa da prestigiosa revista Sports Illustrated com um título pra lá de sugestivo: “A arma secreta de Butler”.

    A história de Cannon com o basquete começou nove anos antes. Seu pai, Jim Cannon, jantava em um restaurante com amigos em 2004 e falava pra eles que seu filho era um tarado por números e contas. Ficava o dia inteiro enfurnado em casa devorando tabelas e criando fórmulas que ninguém entendia. Tendo lido Moneyball há pouco tempo (leia mais aqui sobre isso), Telep falou para Cannon-pai: “Estou com uma ideia meio maluca. Posso conversar com seu filho?”.

    E assim foi. Sem nunca ter pisado em uma quadra de basquete para jogos que não os de seu colégio, Cannon criou índices, formulou estatísticas diferentes, apresentou a todo time de analistas da ESPN especializados em recrutamento de colegiais que gostariam de se tornar universitários uma nova maneira de enxergar não só o basquete, mas principalmente o que havia por trás dos atletas. De acordo com Talep, “no começo Cannon era visto como um maluco. Mas em pouco tempo tudo o que ele escrevia e falava se confirmava. Era incrível”.

    É este tipo de profissional que acaba de ser contratado pelo Boston Celtics. Cada vez mais pronto para virar a chave de uma tradicional equipe para uma franquia moderna e referência em tudo o que há de mais novo no mercado, Danny Ainge parece acertar em cheio ao trazer Drew Cannon para oxigenar ainda mais os verdes. Ainda não se sabe que tipo de trabalho será feito por Cannon por lá (se análises de treinamentos, de adversários, de jogo ou qualquer outra coisa), mas é bem claro que os nerds começam a dominar também o esporte.

    Drew Cannon segue a linha de Daryl Morey, o manda-chuva do Houston Rockets que conseguiu fisgar Dwight Howard. No Boston, a missão é mais dura – reinventar uma franquia que venceu bem nos últimos cinco anos. O esporte não é uma ciência exata, a gente sabe, mas os números podem ajudar os Celtics a voltar a ser grandes mais rápido ao evitar decisões erradas. Parabéns aos verdes.

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